Mais de 6000 pessoas participaram na manifestação que ontem se realizou na capital guipuscoana para denunciar a operação policial desta semana e defender os direitos dos presos políticos e dos seus familiares, que foram recebidos com aplausos e palavras de ordem como «Presoak kalera, amnistia osoa». Maite Alustiza, membro da Etxerat, pediu à sociedade que «dê uma resposta».
Detidos no âmbito da «operação Pastor» e libertados esta semana, os membros da Etxerat Nagore López de Luzuriaga e Izaskun Abaigar e os membros da Jaiki Hadi Fernando Arburua e Oihana Barrios, acompanhados por representantes sindicais, políticos e populares, seguravam a faixa com o lema «Preso eta senideen eskubideen alde. Elkartasuna aurrera!» [em defesa dos direitos dos presos e dos familiares, solidariedade]. Seguiam-nos centenas de familiares dos perseguidos políticos e, depois, muitas outras centenas de cidadãos.
Antes do início da mobilização, Mati Iturralde (Jaiki Hadi) afirmou que este colectivo irá continuar a garantir a saúde dos presos. Por seu lado, Maider Alustiza (Etxerat) criticou as detenções. «Prenderam-nos por sermos familiares, que não é algo que escolhemos mas a que nos adaptamos». E pediu à sociedade que «responda».
No final, no Boulevard donostiarra, os quatro detidos agradeceram a quem se mobilizou, denunciaram a «criminalização» de quem está a trabalhar em prol dos direitos dos presos políticos e afirmaram que as detenções violam o direito destes à saúde. Enquanto médicos, deixaram claro o compromisso de continuar a curar, «sem ordens de ninguém». A mobilização terminou ao som de «Zain dago ama» e exigindo: «Euskal presoak etxera». / Ver: naiz e Berria / Reportagem: Hamaika Telebista