O preso político natural de Ondarroa (Bizkaia) encontra-se gravemente doente (tem SIDA, estádio C-3), algo a que a plataforma Iparra Galdu Baik tem procurado dar destaque, para evidenciar a necessidade de Ibon regressar a casa. Agora, destaca outros aspectos do «calvário por que Ibon passa diariamente» na cadeia de Alcalá-Meco: os furtos, a falta de segurança, as humilhações. A situação é tão grave que lançaram uma campanha de envio de cartas e telegramas a Ángel Yuste, das Instituciones Penitenciarias, e a José Luis Castro, do Tribunal de Vigilância Prisional.
Desde que Ibon foi transferido para Alcalá (Madrid), há três meses, «já foi roubado pelo menos 30 vezes», revela a plataforma, referindo que a situação é propiciada pelo facto de as celas permanecerem abertas enquanto os presos saem (para comer ou tomar duche). Há cerca de um mês, roubaram-lhe a dentadura e, no dia 23 de Fevereiro, «roubaram-lhe quase tudo o que tinha na cela». Depois, Ibon tem sofrido ameaças e humilhações diárias da parte de um grupo «hispanófilo», e, «embora os guardas estejam perfeitamente a par do caso, não fazem nada».
Com tudo isto, o preso político basco, que foi espancado quatro vezes nos últimos 11 meses e se encontra a centenas de quilómetros da sua terra - quando deveria estar em casa «em regime de prisão atenuada» -, sente-se numa situação-limite e está com vontade de avançar para a greve de fome. Perante esta situação, a plataforma decidiu lançar uma campanha de envio de cartas e telegramas a solicitar o regresso de Ibon a casa, dirigidos a Ángel Yuste e a José Luis Castro: «o primeiro, por usar a política prisional como instrumento de vingança e pôr a vida de Ibon em sério risco; o segundo, por permitir que o seu calvário se prolongue». / Ver: BorrokaGaraiaDa e Turrune! [com endereços dos visados]