A cerimónia, que se realiza anualmente desde 2006 por iniciativa da Nafarroako Fusilatuen Senideen Elkartea [Associação dos Familiares de Fuzilados de Navarra], teve lugar no sábado, dia 11, na Iruñeko Gaztelugibelea [Vuelta del Castillo de Pamplona] e prestou tributo aos 3450 fuzilados em Nafarroa pelos fascistas durante a guerra de 36, em especial aos 308 iruindarras [pamploneses].
Para além da oferenda floral, ao meio-dia, o acto contou com a participação do Coro de Berriozar, do grupo de teatro Otro Mundo, de Mutiloa, e da cantora Maite Mené. Aurea Jaso, por seu lado, apresentou o seu testemunho enquanto familiar (em 1936 mataram-lhe o pai e dois tios), sublinhando o facto de os ossos do pai terem sido levados para o Vale dos Caídos e nunca terem sido recuperados e trasladados.
Os membros da associação de familiares afirmaram que há ainda muitos artigos da Lei de Memória Histórica de Nafarroa por aplicar; a lei foi aprovada em 2013, mas tanto grupos da oposição como agentes sociais têm denunciado com frequência o pouco que o Governo da UPN faz.
Para a associação, apesar de terem passado quase 79 anos sobre o golpe de Estado fascista, Nafarroa ainda está em dívida para com os fuzilados, estimando-se que cerca de mil continuam desaparecidos, enterrados em campos e valas. Os seus familiares só poderão fazer o luto quando forem encontrados, destacaram. / Ver: ahotsa.info, Berria e SareAntifaxista