O preso político basco saiu da cadeia este sábado, mas não se pode dizer que tenha sido libertado. A Justiça francesa, que rejeitou a sua extradição para Espanha, impôs-lhe a «interdição de permanência em território francês» e a obrigatoriedade de residir num local determinado pelas autoridades. Ontem, ficou-se a saber que é no município de Saint-Germain-en-Laye, nos arredores de Paris.
Um dia antes de Oa sair da cadeia, a sua família ficou a saber que seriam impedidos de viver juntos em Larresoro (Lapurdi, EH). O portal kazeta.eus revelou que o ex-preso será obrigado a viver numa localidade a oeste de Paris, Saint-Germain-en-Laye (departamento de Yvelines), e que terá de se apresentar três vezes por dia na esquadra.
Agora, a advogada de Oa, Xantiana Cachenaut, vai recorrer da decisão, por forma a que o larresoroarra, que tem dois filhos menores, possa viver mais perto da família. Também pondera a hipótese de levar o caso para o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Para apoiar Oa, foi convocada para o próximo dia 11 uma manifestação em Larresoro. / Ver: kazeta.eus / Ver também: «Decisão sobre recurso do preso Oier Oa conhecida a 12 de Fevereiro» (aseh)
ACTO CONTRA A PENA PERPÉTUA EM SENPERE
Cerca de 250 pessoas assistiram ao acto organizado esta tarde pelo colectivo Bagoaz em Senpere (Lapurdi), no qual se denunciou os casos dos presos políticos Frederic Haranburu, Jakes Esnal, Ion Kepa Parot e Unai Parot, todos na cadeia há 25 anos, e se exigiu que sejam postos em liberdade condicional.
Unai Parot tinha 32 anos quando foi detido e hoje, com 57, encontra-se na prisão de Puerto de Santa María; o seu irmão Ion Kepa Parot, detido com 39 anos, tem hoje 64 e encontra-se em Muret; Jakes Esnal tem a mesma idade e está na cadeia de Île de Ré; Frederic Haranburu, detido com 36 anos, tem 61 e encontra-se na cadeia de Lannemezan.
O antigo preso e refugiado Jokin Aranalde falou sobre a sua última detenção e o ex-preso Pakito Lujanbio abordou a pena perpétua. Na ocasião, fez-se um apelo à continuidade da luta até que todos os presos e refugiados políticos estejam em Euskal Herria [em casa?] e sublinhou-se a ideia de que já é tempo de os estados francês e espanhol seguirem pela via da resolução. / Ver: Berria e naiz