Por iniciativa do Movimento pró-Amnistia e contra a Repressão, 45 pessoas viajaram, ontem, de Euskal Herria até à Andaluzia para, junto às prisões de Algeciras e de Puerto III, defender a amnistia para os perseguidos políticos bascos e deixar claro que a solução para a questão dos presos deve dar-se em clave política e não meramente humanitária.
À chegada à cadeia de Algeciras, os participantes na marcha exibiram faixas e bandeirolas, lançaram foguetes e, com a Polícia espanhola por perto e a gravá-los, fizeram ouvir várias palavras de ordem a favor da amnistia e da luta («presoak kalera, amnistia osoa», «amnistiarik gabe bakerik ez», «jo ta ke irabazi arte», «espetxeak apurtu», «abajo los muros de las prisiones» e «borroka da bide bakarra»). À saída das visitas, vários familiares de presos afirmaram que, lá dentro, eles conseguiram ouvir estas palavras de ordem e os foguetes.
Um membro do Movimento pró-Amnistia fez, então, uma leitura política e, antes da partida para a cadeia de Puerto III os presentes cantaram «A Internacional» e o «Eusko Gudariak». Em Puerto, a acção foi semelhante, mas com a Polícia a assumir uma atitude mais interventiva; primeiro, impedindo que os participantes na marcha dessem uma volta à prisão; depois, identificando-os a todos. À chegada ao País Basco, o autocarro foi parado durante meia hora pela Guarda Civil, que identificou todos os elementos da comitiva. «A Amnistiaren Aldeko Martxa chegou a Bilbo às quatro da madrugada, cansados mas orgulhosos e contentes», afirmam os organizadores. / Mais info e fotos: amnistiAskatasuna e boltxe.info
JOSU RODRIGUEZ, NEKORA, LIBERTADO
O preso político basco Josu Rodriguez Mallabiarrena, Nekora, natural de Berango (Uribe Kosta, Bizkaia), foi libertado ontem, 11, depois de ter passado três anos na cadeia. O berangoztarra saiu da prisão de Soria de manhã e, ao fim do dia, já se encontrava entre os seus, tendo sido recebido em Berango e Algorta.
Josu foi detido em 2007 no âmbito de uma operação contra jovens independentistas em Uribe Kosta e passou dois meses na cadeia. Acusado de ligações à «kale borroka», Josu foi condenado pelo tribunal de excepção espanhol a quatro anos de prisão - uma condenação que, afirmou o jovem, se baseou em depoimentos obtidos enquanto se encontrava incomunicável em poder da Polícia.
Em Junho de 2012, o Supremo encurtou a pena, que passou para três anos, e, no final desse mês, o berangoztarra foi detido pela Polícia espanhola e encarcerado. / Ver: hiruka.eus e naiz [Ongi etorri!]