Mais de cem personalidades do Estado francês subscreveram um documento em que, para além de instarem a ETA a prosseguir o desarmamento, pedem aos governos de Madrid e Paris «que se juntem ao esforço da comunidade internacional e se envolvam no processo».
Num segundo ponto, referem-se à questão dos presos políticos e exigem que «num prazo razoável» se ponha fim à dispersão, através de medidas de reagrupamento e «unificação familiar»; que «se respeitem os direitos fundamentais» e se atribuam benefícios penitenciários aos presos «que a eles legalmente têm direito». Também se pede a libertação dos prisioneiros gravemente doentes.
Em terceiro lugar, pedem que sejam tomadas «medidas importantes» para promover a reconciliação e «reconhecer, compensar e prestar assistência a todas as vítimas».
Por último, interpelam directamente os estados espanhol e francês, pedindo-lhes que se envolvam «de forma real na resolução do conflito em Euskal Herria em nome dos interesses das diversas nações afectadas e da acção necessária» para promover a paz.
Entre os subscritores encontram-se os máximos representantes institucionais de Ipar Euskal Herria [País Basco Norte], como as deputadas Alaux e Capdevielle e a senadora Espagnac, ou os presidentes das Câmaras Municipais de Baiona, Biarritz e Hendaia. São também subscritores os antigos ministros Alain Lamassoure e Michel Rocard, os promotores da conferência de ontem, como Brian Currin ou Pierre Joxe, o accionista principal do diário Libération, Bruno Ledoux, ou o anarquista Lucio Urtubia. / Ver: naiz