A decisão foi tomada ontem, depois de os presos bascos e corsos, que estavam em luta desde segunda-feira contra a redução do número de visitas, terem chegado a acordo com a direcção da cadeia. A partir de Julho, passa a vigorar o regime anterior, de três visitas grandes por mês. A Etxerat mostra-se contente com o acordo, mas lança fortes críticas à direcção do estabelecimento.
Os presos políticos bascos e corsos da segunda divisão (D2) comunicaram à Etxerat que se reuniram com a directora, o chefe da divisão e o responsável das visitas da cadeia parisiense. Apesar de não ter ficado «no papel», ambas as partes aceitaram um acordo que entrará em vigor em Julho, permitindo aos presos regressar ao regime de visitas anterior ao último corte: três visitas grandes por mês (com possibilidade de terem duas na mesma semana) e três pequenas.
Numa nota, a Etxerat manifesta o seu contentamento com uma decisão que, em seu entender, é «a mais lógica»; mas não deixa de criticar a prisão de Fleury-Mérogis pela reincidência neste tipo de violações, e deixa o alerta: «à luz de acontecimentos ocorridos nesta cadeia nos últimos anos, nada nos garante que a situação vivida esta semana não se volte a repetir num futuro próximo». Recordando que os presos políticos bascos já chegaram a ter quatro visitas longas por mês, a Etxerat diz esperar que o acordo alcançado se materialize. / Ver: etxerat.info (eus / cas)