Esta manhã, a localidade baixo-navarra de Ortzaize encheu-se novamente de polícias ao serviço do Estado imperialista francês. Acabariam por prender a militante abertzale Grazi Etxebehere, cuja casa revistaram até às 11h00 da manhã, depois de para ali terem cortado todos os acessos. Em declarações à comunicação social, Etxebehere, a quinta pessoa detida no âmbito da operação repressiva iniciada na terça-feira, afirmou ter acolhido os alegados militantes da ETA Iñaki Reta e Xabier Goienetxea, que assume toda a responsabilidade por isso e que não tem nada de que se arrepender, pois quis «ajudar uma organização que se quer desarmar».
Etxebehere estava nas festas de San Fermin, em Iruñea, quando soube o que se estava a passar e só então se pôs a caminho de Ortzaize (Nafarroa Beherea), onde chegou pelas 10h00. Quando tentou entrar em casa, a Polícia não lhe deu autorização e Etxebehere ficou do lado de fora, sendo muito apoiada pela população. Uma hora mais tarde, pediram-lhe que entrasse em casa, de onde acabaria por ser levada presa. Depois, as pessoas que se tinham juntado no local para a apoiar entraram na casa e, segundo referiram, a Polícia deixou «tudo de pantanas».
Antes disso, Etxebehere disse à Euskal Irratiak que deu guarida a Iñaki Reta e Xabier Goienetxea, alegados etakides presos no dia 7, e que tinha pedido ao casal Mateo-Lekunberri que os acolhesse enquanto ela estivesse ausente, nas festas de San Fermin. A militante abertzale assumiu toda a responsabilidade pelos factos e disse que não se arrependia de ajudar «uma organização que se quer desarmar».
Recorde-se que Reta, Goienetxea, Mateo e Lekunberri continuam presos, em Baiona. Ontem à tarde, cerca de 800 pessoas mobilizaram-se em Ortzaize contra as detenções e a brutal intervenção da Polícia francesa na madrugada de ontem, na sequência da qual sete pessoas tiveram de ser assistidas no hospital. Estão agendadas mobilizações para hoje e amanhã. / Ver: naiz, mediabask e argia