Na sexta-feira, 3, cerca de 100 pessoas participaram, em Elizondo (Nafarroa), numa concentração de protesto contra a exploração laboral no lar de terceira idade de Baztan e em defesa de um serviço público de qualidade para os utentes, criticando aquele que é oferecido pela empresa privada que gere o espaço desde 2009.
Num comunicado, a Comissão de Trabalhadores afirma que é tempo de «dizer basta» à exploração, a uma situação em que os trabalhadores são submetidos a maiores cargas laborais e têm menos direitos. O que hoje se passa, diz a organização representativa dos trabalhadores (ORT), tem por base a privatização ocorrida em 2009, com o argumento da má gestão pública; desde então, prevaleceu a lógica do lucro e da redução de gastos, que, como os trabalhadores então denunciaram, acabaria por afectá-los. Um exemplo: a negociação de um novo acordo de empresa esteve bloqueada durante meses devido à insistência da empresa em baixar os salários; quando se alcançou um acordo, a administração começou «a pegar noutras pontas», sempre com a ideia de reduzir gastos.
Em Agosto do ano passado, a situação agravou-se com o aparecimento de uma nova directora: os trabalhadores e os seus representantes não são tidos em conta; deixou de haver promoções na carreira; há discriminações entre funcionários. A ORT manifesta também a sua preocupação com o serviço público prestado aos idosos, considerando que a filosofia de lucro da empresa privada não é adequada à prestação desse serviço; a título de exemplo, refere que os trabalhadores de baixa não são substituídos, pelo que existem lacunas e deficiências básicas no serviço prestado. Assim, os trabalhadores decidiram vir para as ruas protestar: em defesa dos seus direitos e também da prestação de um serviço público de qualidade no lar, que respeite os utentes. / Ver: LAB (eus / cas)