A III Marcha ciclista contra o TGV, organizada pelo movimento Mugitu!, partiu no dia 25 de Julho de Castejón (Nafarroa) e, ao cabo de oito dias por estradas navarras e alavesas, chegou ontem a Gasteiz. Como ali reina a tão propalada «mudança» (foi-se embora o Maroto, chegámos ao céu!), os activistas foram, primeiro, ameaçados com a aplicação da «Lei da Mordaça» e, depois, abalroados e espancados pela Polícia Municipal.
Diz o Mugitu, em nota de imprensa que, para mostrar que o TGV «deixa a malta em pelota», alguns ciclistas decidiram seguir pelas ruas da capital alavesa meio despedidos. Contudo, quando iam sair do gaztetxe, a Polícia Municipal apareceu no local e deu-lhes ordens para se vestirem ou teriam de pagar uma multa até 30 000 euros (aplicando a chamada Lei da Mordaça). Apareceu depois a Ertzaintza, diz o Mugitu!, e os manifestantes optaram por vestir-se para que a marcha pudesse começar sem problemas. E lá seguiu, escoltada pela Polícia Municipal e por três furgões da Ertzaintza.
Então, de forma inesperada, a marcha foi parada pelos agentes, sendo que dois deles investiram de forma violenta, com as motas, contra o grupo de ciclistas, para separar um activista que ia despido. O Mugitu! acrescenta que, face aos protestos dos ciclistas, outros polícias municipais atiraram bicicletas contra os participantes na marcha e ainda carregaram com bastões extensíveis. Como consequência do ataque, uma mulher ficou com uma fissura num osso da mão e foi atendida nas urgências.
Um pouco depois, à chegada à estação de comboio, os manifestantes voltaram a ser atacados pela Polícia: mais uma vez de forma violenta, vários polícias municipais entraram pelo meio do grupo e levaram duas pessoas, enquanto os restantes eram rodeados por agentes da Polícia de Intervenção (beltzas). Um dos detidos foi agredido; ambos foram identificados e acusados de ameaças e de agitação (altercados). O Mugitu! denuncia a intervenção da Polícia «numa marcha lúdica, pacífica e reivindicativa». / Ver: mugitu! / Crónicas da marcha: txirrindula martxa