[De RUI NAMORADO ROSA] Neste importante estudo é abordado um aspecto menos discutido da situação económica da Grécia. Este país dispõe da maior frota mercante do mundo e de um dos mais significativos complexos marítimos. Mas esses activos escapam, em grande parte, ao sistema fiscal grego. A Grécia figura como placa giratória entre países produtores e consumidores, mas também de uma imensa teia mundial de negócios invisíveis, tolerados mas não contabilizados pelas instituições internacionais e grandes potências, em benefício de corporações e de bilionários sem pátria.
Agora o Eurogrupo avança com um fundo com 50 mil milhões de euros em bens públicos, que poderá ficar sob administração europeia, a ser usados para reembolsar os credores da dívida imposta à Grécia pelos programas de resgate. Armadores gregos e capitalistas de qualquer nacionalidade aguardam, resguardados no sigilo de paraísos fiscais e centros financeiros offshore, que património público seja privatizado para ser saldado apressadamente e a preço depreciado para dele se apropriar. (odiario.info) / Ler artigo aqui (pdf)