O Ministério espanhol do Interior informou já de alguns pormenores da acusaçom que terá levado as forças repressivas espanholas levar detidas das suas moradas nove militantes de Causa Galiza. O principal motivo da acusaçom de «enaltecimento do terrorismo» parece estar na organizaçom do Dia da Galiza Combatente, a 11 de outubro, por parte dessa organizaçom política. Na verdade, essa data vem comemorando-se desde inícios do presente século, instituída por NÓS-Unidade Popular em 2002 no calendário anual independentista, mas só 15 anos depois é que se produzem as primeiras detençons por esse motivo.
Os meios de comunicaçom da burguesia já começárom a «arejar» os currículos e histórias do independentismo que habitualmente saem das gavetas policiais para dar cobertura «informativa» aos operativos repressivos.
O delegado do governo espanhol, o sinistro Santiago Villanueva, ameaçou com mais detençons e registos ao longo do dia de hoje (30/10), acrescentando que a razzia suporia «um duro golpe para a organizaçom terrorista», no que parece um totum revolutum em que entram a suposta acusaçom de «enaltecimento» e o que se apresenta como «golpe à organizaçom».
De facto, à medida que se conhecem os nomes de vários detidos confirma-se tratar-se de militantes e dirigentes independentistas de trajetória pública e conhecida à frente de Causa Galiza. Ao que todo indica, poderá ser essa atividade política a que sirva para tentar justificar um operativo propagandístico dos que periodicamente ordena o Estado espanhol no nosso país. / Mais informação: Diário Liberdade
PP em campanha, a toda brida
No tribunal de excepção espanhol, em Madrid, decorre o julgamento de cinco militantes da organização internacionalista basca Askapena; anteontem, nove anarquistas foram detidos na Catalunha; hoje, nove independentistas na Galiza. [Na Catalunha: «Registros y detenciones en Barcelona y Manresa en el marco de la operación Pandora» (lahaine.org)]