Começou hoje na Audiência Nacional espanhola o julgamento de cinco militantes da Askapena. Unai Vázquez, um dos arguidos, denunciou a natureza política do processo contra a organização internacionalista e sublinhou: «como dizia Fidel Castro: a História absolver-nos-á».
À chegada à sede do tribunal de excepção em San Fernando de Henares, os cinco arguidos, Unai Vázquez, Walter Wendelin, Gabi Basañez, David Soto e Aritz Ganboa, que o Ministério Público acusa de colaborar com a ETA e para quem pede seis anos de prisão, foram recebidos por amigos, familiares e simpatizantes.
Em declarações aos jornalistas, Vázquez disse que se trata de um «julgamento político» e afirmou: «Com base em perspectivas políticas seremos ou não condenados, mas para nós é claro que este é um tribunal de excepção e que, ao fim e ao cabo, como dizia Fidel Castro, a História nos absolverá, independentemente de este tribunal nos absolver ou não».
«Vimos aqui apoiados a diferentes níveis: institucional, com todas as moções que foram apresentadas nos municípios de Euskal Herria, na sua maioria aprovadas, com pequenas alterações nalguns casos», comentou, acrescentando que também contam com o «apoio institucional» do Parlamento de Nafarroa. «Apoiados sobretudo pelas milhares de pessoas que se juntaram a nós em Iruñea, dispostas a ir onde fizer falta e, acima de tudo, decretando uma sentença clara sobre o carácter imperialista do Estado espanhol, tanto no que se refere a Euskal Herria como a outros povos, como os do Saara e da América Latina», disse.
Nas primeiras horas do julgamento depuseram Gabi Basañez, Unai Vázquez e Walter Wendelin. Todos eles se recusaram a responder às perguntas do Ministério Público e negaram qualquer ligação entre a ETA e a Askapena, ao mesmo tempo que explicaram em que consiste a sua actividade e deram conta das suas experiências no seio da organização internacionalista. / Ver depoimentos (via Twitter do jornalista do Gara Martxelo Díaz) em Resumen Latinoamericano