Numa conferência de imprensa realizada, esta manhã, no frontão de Antigua, em Donostia, os movimentos Libre e Eleak apelaram à mobilização da sociedade basca em defesa dos direitos civis e políticos e para denunciar os julgamentos políticos dos próximos meses contra a Askapena, os detidos na operação de Segura (Gipuzkoa) e os incriminados do Ekin, bem como o processo das herriko tabernas.
O julgamento da Askapena começa já esta segunda-feira, 19, e nesse dia haverá múltiplas concentrações de protesto em terras bascas. Para além disso, anunciou-se que a plataforma Libre de Madrid agendou para 31 do corrente uma manifestação solidária com Euskal Herria e em protesto contra os julgamentos políticos. No fim-de-semana de 14 e 15 de Novembro, haverá múltiplas actividades nas herriko tabernas de todo o País Basco - sobre estas actividades e outras mobilizações será dada informação mais específica nas próximas semanas.
Aratz Zearreta, em representação dos movimentos Eleak-Libre, começou por sublinhar que, neste início de ano político, «o panorama é de excepção e violação estrutural dos direitos civis e políticos», acrescentando que o Estado espanhol «continua a apresentar novas armas contra a dissidência, nomeadamente através da Lei Mordaça e da reforma do Código Penal». Zearreta disse também que, para além dos imputados nos processos referidos, terão ainda de passar pela AN espanhola membros do Herrira e advogados dos presos políticos bascos; por isso, salientou a necessidade urgente de vir para as ruas.
Unai Vázquez, da Askapena, falou em nome dos arguidos, tendo afirmado que não se irão acobardar perante os julgamentos que terão de enfrentar: «O Estado quer que nós acatemos os julgamentos e os encarceramentos com mansidão e desespero. Mas isso não aconteceu, nem irá acontecer. Continuaremos a reivindicar os nossos alegados crimes». / Ver: Berria, irutxulo.hitza.eus e topatu.info