Apesar da menor dimensão, o que se passou ontem com o Kortxoenea fez lembrar as bravuras bilbaínas do autarca Azkuna com o Kukutza. PNV, polícias e escavadoras deitaram abaixo o centro sociocultural gerido por jovens, deixando bem à mostra que concepção têm da cultura popular alternativa ao modelo capitalista e da auto-organização da juventude.
Os jovens resistiram, naturalmente, tentando salvar o espaço onde se reuniam, realizavam conferências, debates, cursos e inúmeras actividades culturais, mas, recorrendo a grande violência, a Ertzaintza correu com eles, para deixar passar as escavadoras que destruíram o gaztetxe. Três jovens ainda conseguiram subir para o telhado e atrasar o início da demolição.
Depois, cerca de 150 pessoas juntaram-se e cortaram uma avenida como forma de protesto. Mais uma vez, a Ertzaintza interveio de forma violenta, ferindo diversas pessoas. Várias foram identificadas e duas detidas, tendo sido libertadas depois de comparecerem em tribunal.
Ao fim da tarde, centenas de pessoas participaram numa manifestação de protesto contra o ataque ao Kortxoenea e em defesa dos locais autogeridos. A Câmara Municipal de Donostia foi duramente criticada pela sua atitude perante este espaço cultural, às portas da «capitalidade cultural europeia» [2016]. / Ver: topatu.eus e lahaine.org
Demolição do gaztetxe
Intervenção policial no corte de estradaReportagem do TopatuLeitura: «Kortxoenea y los lobbys», de Fer «Apoa» (BorrokaGaraiaDa)