O iruindarra [pamplonês] Egoi Irisarri foi condenado a pagar uma multa de 2320 euros por chamar «torturador», na rua, ao polícia que o torturou durante a sua detenção, em 2010. O tribunal acusou-o de «calúnias e injúrias» contra as Forças de Segurança do Estado espanhol. A defesa pode recorrer.
Irisarri foi julgado juntamente com 27 jovens bascos, acusados de pertencer à organização juvenil, independentista e revolucionária Segi. No decorrer do julgamento alguns deles relataram as torturas a que foram submetidos enquanto estiveram incomunicáveis. Irisarri afirmou ter sido espancado (especialmente nos testículos), sofrido sessões do «saco», obrigado a fazer exercícios físicos até à exaustão, entre outros tormentos.
Chegaram a tal ponto que teve de ser internado no Hospital Gregorio Marañón, em Madrid, antes de ser presente ao juiz de instrução, Fernando Grande-Marlaska, que lhe deu ordem de prisão.
No julgamento, o Ministério Público negou a existência de tortura, mas, face à queixa apresentada por Irisarri e ao relatório hospitalar, decidiu arquivar o processo contra o navarro. A 25 de Março deste ano, a Polícia voltou prendê-lo, por ter chamado «torturador» a quem foi identificado como tal. / Ver: naiz e argia