Em Maio último, sete membros da Ernai e uma jornalista do Topatu foram julgados por «enaltecimento do terrorismo» na Audiência Nacional espanhola. No decorrer do julgamento, os réus, vestindo T-Shirts com as caras de sete jovens bascos condenados, levaram a cabo uma acção de protesto contra os julgamentos políticos, virando as costas à juíza e gritando «Euskal gazteria aurrera» [juventude basca avante]. Agora, os oito réus (que foram absolvidos) e mais 42 pessoas que, no público, os apoiaram vão ter de responder pela acusação de «desordem pública».
Numa conferência de imprensa que hoje teve lugar junto ao Tribunal de Durango (Bizkaia), vários jovens bascos fizeram saber que este processo está a decorrer no Tribunal de Coslada (Madrid) e que os visados estão a ser notificados para depor em Euskal Herria. Alguns deles já depuseram e os outros irão fazê-lo em breve, precisaram. São todos acusados de «desordem pública».
Sobre o facto de as pessoas que estavam no público - algumas integrantes da plataforma Libre-Madrid - serem também acusadas, os jovens sublinharam que, dessa forma, se pretende também punir a solidariedade e que a iniciativa partiu exclusivamente dos oito que estavam no banco dos réus.
Tendo traçado o objectivo de acabar com a repressão e a perseguição política aos cidadãos bascos, afirmaram que a «desobediência é o instrumento para pôr fim aos julgamentos políticos». / Ver: topatu.eus e Berria