A Etxerat revelou que o director do estabelecimento prisional de Topas (Salamanca) telefonou, na quinta-feira, à psicóloga Oihana Andueza para lhe comunicar que não podia realizar a visita médica programada para dia 17 ao preso político basco Joxemi Etxeandia. Questionado sobre a proibição, o director respondeu à psicóloga: «Porque eu assim o decidi.»
Numa nota, a Etxerat explica que, nestes casos, ambas as partes (preso e médico) pedem uma autorização com 15 dias de antecedência. Desta vez, surpreendida pelo telefonema do director a proibir a visita médica, de forma arbitrária, a psicóloga pediu-lhe que expusesse aquela «argumentação» por escrito, mas o director também se recusou a fazê-lo, sugerindo a Andueza que «apresentasse uma queixa se quisesse».
A associação de familiares e amigos dos presos políticos bascos lembra que «não é a primeira vez que a cadeia de Topas toma uma decisão deste género» e acrescenta que «esta nova violação do direito à saúde dos presos é ainda mais grave quando se dá com uma pessoa doente, deixando a nu a forma arbitrária e impune como as prisões» lidam com os presos políticos bascos.
A Etxerat, que critica a atitude da direcção da cadeia de Topas, considera que este ataque «responde à sede de vingança contra os presos e todos aqueles que se ocupam do seu bem-estar». Segundo explicou Andueza, este encontro reveste-se de especial importância, uma vez que Etxeandia será libertado no dia 28. / Ver: etxerat.eus