A plataforma Nafarroa Bizirik irá repor as sete placas atacadas recentemente e cuja função era lembrar a existência de castelos que defenderam a independência do reino navarro face à invasão castelhano-aragonesa de 1512. «O cardeal Cisneros e o duque de Alba continuam vivos», sublinhou o historiador Peio Iraizoz, que acrescentou: «é impossível destruir o nosso passado.»
As placas, colocadas por iniciativa da Nafarroa Bizirik, foram atacadas em pontos como Uharte, Oibar, Zangoza ou Villamayor de Monjardin. Patxi Abasolo, porta-voz da Nafarroa Bizirik, lembrou que esta campanha se enquadra na recuperação da verdade histórica sobre a conquista do reino navarro, que teve lugar em 2012, por ocasião do quinto centenário. «Foi uma batalha ideológica que ganhámos por KO», salientou, na medida em que a historiografia oficial teve de reconhecer que em 1512 Nafarroa foi conquistada e ocupada militarmente, e que não houve uma adesão amistosa a Castela.
Neste contexto, foram colocados em pontos simbólicos da defesa do reino, naquilo que restava dos castelos, que foram destruídos por ordem do cardeal Cisneros, placas em aço corten com mais de 70 quilos de peso. O seu transporte até pontos inacessíveis, até penedos de difícil acesso, realizou-se graças ao envolvimento das populações. Por vezes, foi preciso recorrer a mulas para transportar as placas até verdadeiros ninhos de águia. Agora, apesar da dificuldade, as placas foram cortadas e roubadas por alguém que não vê com bons olhos que se recupere a memória do reino conquistado e se reclame a recuperação da soberania perdida. Em Oibar, atacaram ainda o monumento que evoca os fuzilados em 1936.
A Nafarroa Bizirik decidiu repor estes monumentos e prestar apoio face a estes ataques. Eugenio Barbarin, autarca de Villamayor de Monjardin, destacou a vontade dos autarcas dos municípios onde se localizam estes castelos de voltar a colocar as placas. / Ver: Sanduzelai-Leningrado