Quatro dos 5 militantes da Askapena que foram julgados no tribunal de excepção espanhol deram ontem uma conferência de imprensa na capital navarra, no regresso de um giro europeu em que se reuniram com autarcas irlandeses, diversos eurodeputados, representantes políticos catalães e sindicalistas andaluzes, entre outros. No giro, marcado, pelo apoio e a solidariedade, os membros da organização internacionalista basca divulgaram um relatório sobre o processo judicial.
No relatório (1) que os militantes da Askapena entregaram em mão aos interlocutores nos diversos encontros, destaca-se: a escassa base jurídica do processo; a violação continuada dos direitos de pessoas e organizações; a existência de um julgamento paralelo, sem respeitar a presunção de inocência, por parte de vários órgãos de comunicação social e responsáveis políticos.
Os presentes na conferência de imprensa disseram que vieram com as «mochilas cheias de solidariedade» e que alertaram os seus interlocutores para a situação que vivem: sob fiança, com os seus projectos de vida totalmente hipotecados, e podendo ser encarcerados a qualquer momento de forma «preventiva», como já aconteceu noutros casos, sem que os magistrados tivessem decretado uma sentença.
Sublinharam, além disso, que o seu trabalho não acabou: «Connosco não se fará justiça, nem com uma absolvição. Por isso, a nossa tarefa é continuar a denunciar este julgamento a nível internacional e em Euskal Herria, no âmbito social e institucional, transformar a solidariedade em compromisso», acrescentaram.
(1) São autores do relatório: Beatriz Ilardia Olangua, Carlo Fabretti, Jesús Valencia, Nestor Kohan, Laura Ando Sanchez, Irma Orozko Kortabarria, Jesús Gonzalez Pazos, Ángel Guerra Cabrera, Yolanda Jubeto Ruíz, Silvia Piris, Irantzu Mendia e Anibal Garzón. / Ver «currículos» em: askapena.org