Sofrendo de uma doença degenerativa, havia vários anos que a mãe de Unai Bilbao, preso político de Portugalete (Bizkaia), não o conseguia ir visitar à cadeia de Albolote (Granada), a 860 km de Euskal Herria. Há dois meses, Unai tinha solicitado uma autorização de transferência para o País Basco, para poder ver a mãe, cujo estado de saúde se agravou nos últimos dias, tal como a família comunicou à prisão.
Numa nota, a Etxerat revela os entraves colocados ao preso político basco Unai Bilbao para ver a mãe antes de falecer - os relatórios médicos, que a prisão conhecia, referiam que a senhora tinha pouco tempo de vida. Acabou por falecer ontem de manhã, sem que o preso a visse. Para a Etxerat, estes factos evidenciam como o afastamento dos presos políticos bascos e a política de dispersão constituem uma violação flagrante do direito à vida familiar.
A associação de familiares e amigos dos presos refere que o pedido de transferência feito por Unai Bilbao há dois meses foi aceite esta semana, começando a ser processado na quinta-feira passada - demasiado tarde. Sublinha também a forma como a prisão não ligou aos avisos relativos ao agravamento do estado de saúde da mãe de Unai.
A Etxerat, que manifestou a sua solidariedade à família, fez também um apelo à participação nas mobilizações convocadas para a próxima quinta-feira, 10, em Iruñea, Gasteiz e Baiona. / Ver: Berria e etxerat.eus