Ainara Ladron, de Elgoibar (Gipuzkoa), Aritz Azkona, de Arrieta (Bizkaia), e Naroa Ariznabarreta, de Eibar (Gipuzkoa), recusaram-se a comparecer, hoje, no Tribunal de Donostia, onde iam ser julgados juntamente com o bilbaíno Asier Alberdi e gasteiztarra Saioa Zerain por terem cortado a A-8 em 2007, em protesto contra o processo Jarrai-Haika-Segi. Alegam que o julgamento se baseia em leis injustas e que tem «fins políticos». O tribunal adiou o julgamento para 2 de Março.
A acção levada a cabo a 13 de Janeiro de 2007, perto da portagem de Zarautz (Gipuzkoa), foi uma de várias em protesto contra o acórdão do Supremo Tribunal espanhol sobre o caso Jarrai-Haika-Segi, que poucos dias mais mais tarde declarou a Segi «terrorista». O Ministério Público pede dois anos e meio de cadeia para cada um.
Numa nota, os jovens explicaram que tinham «duas reivindicações fundamentais»: «Reivindicar o direito da juventude basca à militância e denunciar as graves consequências que a classificação da Segi como "terrorista" traria para a juventude basca e para a luta de libertação de Euskal Herria».
Num vídeo hoje divulgado pelo Argia, os três que não se apresentaram a julgamento afirmam que «este longo processo condicionou bastante as suas vidas»: «Nestes longos nove anos prenderam-nos, levaram-nos para a Audiência Nacional espanhola e querem-nos julgar pela terceira vez. Decidimos que já chega», disseram.
Mobilizações
Para denunciar este processo foram agendadas várias mobilizações: em Elgoibar (Gipuzkoa), Arrieta (Bizkaia), Arbizu (Nafarroa, onde vive agora Ainara Ladron) e Eibar (Gipuzkoa), onde está a decorrer um «askegune» [espaço livre] de três dias. / Ver: argia e aseh