O Kalekalde, na capital navarra (Caldereria, 28), recebe a partir de hoje o «babesgune» [espaço de apoio] organizado pela Askapena para denunciar o risco de ilegalização da organização internacionalista e a ameaça de seis anos de prisão que pende sobre Walter Wendelin, David Soto, Gabi Basañez, Unai Vázquez e Aritz Ganboa.
Numa conferência de imprensa em que participaram dezenas de pessoas, Maider Caminos (Libre) e Wendelin lembraram que os visados estão à espera da sentença - último passo de um processo iniciado em 2010 e que se caracterizou pela violação contínua de direitos civis e políticos.
Agora, receiam que tenha lugar uma «detenção preventiva», até porque existe o precedente da aplicação desta medida de excepção. Assim, optaram por pôr em marcha o Babesgunea, um espaço em que pretendem divulgar e discutir o seu caso, que «só foi possível graças à existência de um tribunal de excepção com uma estrutura legal de excepção e medidas policiais de excepção», afirmaram. O Babesgunea, acrescentaram, é um «instrumento para debater esse quadro legal excepcional, efectuar um diagnóstico colectivo entre todos e, de forma aberta, traçar novos passos a dar».
Sublinhando que o Babesgunea é fruto do trabalho em prol da solidariedade e da activação política que a Askapena levou a cabo ao longo dos anos, e das iniciativas do Libre, do Eleak ou dos muros populares, fez-se um apelo à participação nas diversas iniciativas que vierem a ter lugar, especialmente na primeira assembleia aberta, dia 1 de Fevereiro, às 19h00.
Entrevista a David Soto [Ahotsa]
Ver: ahotsa.info e ekinklik.org