Na luta democrática e antifascista dos povos figuram muitas histórias e momentos de perseguição e presídio. Por isso – não podia ser de outro modo, pois é de rebeldia e de resistência que falamos – essa luta está também repleta de fugas protagonizadas pelos que pagaram com o cárcere o compromisso com a Liberdade. No caso português, assinala-se nestes dias mais um aniversário da que foi, porventura, a mais famosa – mas não a única –, protagonizada por presos políticos encarcerados sob o regime fascista de Salazar: trata-se da fuga do forte-prisão de Peniche, a 3 de Janeiro de 1960. / Ouvir: Info7 irratia
Naquele dia, dez militantes comunistas escaparam do presídio, considerado «de alta segurança». Entre eles, estavam seis membros do CC do PCP, sendo um deles Álvaro Cunhal, que viria a ser Secretário-Geral e a figura mais conhecida. Sobre Peniche, «memória da liberdade», e sobre outras fugas da resistência portuguesa, o «La Memoria» fala com o jornalista e militante comunista BRUNO CARVALHO.
Este resume a entrevista desta forma: «Uma entrevista sobre várias fugas prisionais durante o fascismo. Com destaque para a importância da Fuga de Peniche, dos dirigentes comunistas que, entretanto, foram determinantes para a correcção do desvio de direita no PCP entre 1956 e 1959 e do relatório de Álvaro Cunhal ao Comité Central e do regresso à centralidade da insurreição como elemento decisivo para derrubar o fascismo.»
Como é habitual, no «La Memoria» haverá muita música e não faltarão referências a múltiplas questões. Esta semana, não podia faltar a do militante basco David Alvarez Peña, morto a 14 de Janeiro de 1978, na sequência do confronto armado com as forças que defendiam as obras da central nuclear de Lemoiz (Bizkaia), impopular e socialmente contestada. [Mila esker, Martxelo!]