Na quarta-feira, um jovem pamplonês de 23 anos é julgado na Audiência Nacional espanhola por, alegadamente, ter publicado «mensagens a favor da ETA» no Twitter. [O Ministério Público (MP) considera que a expressão «jo ta ke» é do meio «kale borrokeiro». Na imagem, uma faixa de apoiantes do Athletic em que a expressão é utilizada para incentivar a equipa.]
O MP acusa-o de «enaltecimento do terrorismo», mas, na informação divulgada pela EFE, o que salta à vista é o facto de as mensagens terem um outro tipo de conteúdo.
Por exemplo, na sua conta de Twitter, o jovem que vai ser julgado escreveu «Bem-vinda, Inés!», quando a presa basca Inés del Río foi libertada; ou publicou um tweet com o logótipo da organização Askatasuna (pró-amnistia), acompanhado da inscrição «Euskal Presoak Euskal Herrira» [os presos bascos para o País Basco].
Retuìtar também é crime?
Outro dos crimes de que o jovem iruindarra é acusado é a publicação de uma fotografia em que aparece uma faixa com a inscrição «Jo ta ke» [sem descanso; sem parar]; outro é o facto de ter retuìtado a mensagem «agur eta ohore» [saudação e honra] referindo-se a Arkaitz Bellón, o preso de Elorrio falecido na cadeia faz agora dois anos.
O MP vê nestas mensagens uma «inequívoca intenção de enaltecer os crimes de terrorismo» e pede dois anos de prisão e dez de inabilitação total para o jovem navarro. / Ver: argia