A Guarda Civil e a Polícia espanhola prenderam pelo menos 17 pessoas em Iruñea, Altsasu, Lekaroz e Irunberri (Nafarroa) numa operação contra a Indar Gorri, claque/torcida independentista e antifascista do Osasuna.
Os visados são acusados de «associação criminosa». Para além das detenções - confirmadas por advogados -, as forças de ocupação, coordenadas pelo juiz Fermín, do Tribunal de Iruñea, efectuaram buscas na sede na Indar Gorri na capital navarra.
Recorde-se que a Indar Gorri, que se assume como antifascista, esteve por diversas vezes na mira das «forças da ordem», e, mesmo no seu próprio estádio, os supporters organizados da equipa navarra não têm a vida facilitada: por exibirem um «arrano beltza» [símbolo histórico dos bascos], ikurriñas ou bandeirolas de apoio aos presos políticos. Apoiantes de outras equipas bascas também conhecem a receita, de sobra. Fora de Euskal Herria, é bem conhecida a perseguição movida aos Bukaneros, apoiantes do Rayo Vallecano (Madrid) que assumem claramente valores de esquerda.
Cargas no protesto em Iruñea
Em protesto contra as detenções, foram convocadas mobilizações para Iruñea e Altsasu. Na capital navarra, cerca de 500 pessoas juntaram-se na Alde Zaharra e, depois de lido um comunicado, dirigiram-se em desfile até à esquadra da Chinchilla kalea. Contudo, a Polícia espanhola carregou e dispersou o protesto. [Vídeo] / Ver: naiz, argia e ahotsa.info [No cartaz: Só uma «bancada» bem organizada pode alcançar grandes objectivos]
Leituras:
«Indar Gorriren aurkako operazioaren harira», de Movimento pró-Amnistia e contra a Repressão (amnistiaaskatasuna)
Ohikoa bihurtu da futbol zelaietako «segurtasun» lanetan aritzen direnek presoen aldeko banderak eta eduki politikoa duten pankartak konfiskatzea eta zaleen sektore jakinen aurkako miaketak eta jazarpena. Bertsio bakarra nahi dute, ez dute onartzen inork ofiziala ez diren tesietatik baino haratago pentsatzea eta iritzia ematea, eta Estatuaren gerra logika horretan sartzen da orain Euskal Herrian Indar Gorriren aurka burututako operazio hau, zein Euskal Herritik kanpo lehenago Bukaneros Vallekaseko ezkertiarren aurka buruturikoa ere.
«“Grupos criminales”», de Borroka Garaia (BorrokaGaraiaDa)
Al hilo del estado de excepción en Euskal Herria decía una conocida portada irónica del fanzine TMEO que al final iban a ilegalizar al Athletic. Claro que eso no va a ocurrir, ya que para llevar a cabo una cosa así se tendrían que llevar por delante a parte de la patronal vascongada y ya sabemos que el perro policía nunca muerde la mano del que le da de comer y le pone el collar.