A localidade guipuscoana acolheu, este domingo, mais uma edição do Dia da Resistência de Intxorta, organizada anualmente pela Câmara Municipal e a associação Intxorta 1937 Kultur Elkartea. O 79.º aniversário da «enorme resistência» que ali teve lugar frente às tropas golpistas ficou marcado pela homenagem às mulheres que resistiram ao fascismo e sofreram represálias durante a ditadura.
A homenagem seguiu-se à já habitual recreação da batalha na frente de Intxorta. No frontão municipal, 40 mulheres entregaram uma escultura comemorativa - obra do artista Iñigo Arregi, intitulada «Egiaren Iturria» [fonte da verdade] - a mulheres que sobreviveram à guerra e à repressão franquista, e a familiares destas e das que já faleceram.
«Queremos homenagear as que lutaram no campo de batalha e também as que, depois, enfrentaram a ditadura», afirmou Julia Monge, da Intxorta 1937 Kultur Elkartea, na apresentação da sessão, em que se prestou um reconhecimento «à resistência e duras vivências» de todas: milicianas, fazendo trincheiras, enfermeiras na retaguarda, nos serviços auxiliares, repórteres; exiladas, deportadas, rapadas, vítimas de violação, fuziladas, mortas na frente ou nos bombardeamentos.
Perante esta realidade tantas vezes silenciada, a associação defendeu a necessidade de valorizar o papel das mulheres resistentes, dando destaque aos seus testemunhos e contributos, e exigiu «verdade, justiça e reparação». / Ver: naiz e eitb.eus