Vários membros do Sindicato Andaluz dos Trabalhadores (SAT) que há três dias realizam, em Madrid, uma greve de fome pela libertação do sindicalista Andrés Bódalo fizeram, hoje, uma viagem-relâmpago até Mendavia (Nafarroa) para participarem numa iniciativa conjunta com o LAB, centrada no repúdio contra a repressão sobre activistas e dirigentes sindicais.
No acto, que contou com grande assistência, tomaram a palavra os sindicalistas Saúl Arangibel, Ainhoa Etxaide e Igor Arroyo (LAB), Diego Cañamero, Manoli Blanco e Óscar Reina (SAT), para além do ex-deputado da Amaiur Sabino Cuadra. Na assistência encontravam-se dezenas de jornaleiros andaluzes filiados no SAT que por esta altura trabalham em Mendavia nas plantações de espargos.
Subjacente às diversas intervenções, esteve a lembrança dos casos de Andrés Bódalo e Rafa Díez, bem como do preso político madrileno Alfon.
Igor Arroyo falou sobre as ferramentas para travar a repressão e aludiu à experiência dos muros populares em Euskal Herria. Por seu lado, Sabino Cuadra centrou a sua intervenção na solidariedade internacionalista entre os povos basco e andaluz.
Diego Cañamero falou do caso de Bódalo, tendo sublinhado que «toda a gente sabe que Andrés não agrediu o vice-presidente da Câmara de Jódar» e que se trata de um caso «perseguição sindical». Referiu-se ainda, de forma resumida, à luta travada em cerca de um mês e meio: o acampamento em Jódar pela libertação de Andrés, a marcha até Madrid e a greve de fome em curso.
A secretária-geral do LAB, Ainhoa Etxaide, destacou que, «enquanto Andrés Bódalo estiver preso, o sindicalismo estará preso» e, referindo-se ao SAT como «sindicato irmão», enumerou diversos casos de repressão exercida sobre sindicalistas.
Na última intervenção da iniciativa, Óscar Reina, porta-voz nacional do SAT, recordou a solidariedade recebida por estes dias tanto em Madrid como em Nafarroa, reivindicando o dever de «nos rebelarmos contra as injustiças». / Ver: lahaine.org