A 18 de Julho, o «La Memoria» despede-se para umas merecidas férias de Verão e fá-lo com uma emissão que destaca o 80.º aniversário do golpe militar que tentou reverter, pelas armas, a vontade popular expressa a 14 de Abril de 1931 e concretizada no governo legítimo da II República. [A imagem é de Igor Meltxor.]
O fracasso relativo do levantamento militar abriria caminho ao confronto entre as forças golpistas e as republicanas, que se iria prolongar até Abril de 1939. Seguir-se-ia uma ditadura fascista, que duraria quarenta anos e que em não poucos traços de natureza ideológica e política se prolongou até aos nossos dias. De forma evidente, isto reflecte-se na impunidade que ainda ampara os crimes cometidos pelos golpistas e seus sequazes durante os quarenta anos de ditadura fascista.
Disto nos fala Jose María Pedreño, membro do Foro Estatal de Federaciones de la Memoria, que será acompanhado pelo escritor mexicano Paco Ignacio Taibo II, que esteve na Semana Negra de Gijón (Astúrias) para apresentar o seu último livro, Que sean fuego las estrellas, sobre os «anos de chumbo» do anarquismo barcelonês - 1917-1923 -, prólogo distante mas familiar, por ser parte da mesma luta de classes, que cerca de uma década e meia depois se espalharia de forma cruel por toda a geografia do Estado espanhol. / Ouvir: Info7 irratia