Como acontece há vários anos, o Ospa Eguna [Dia do Baza] é aproveitado em Altsasu (Nafarroa) para denunciar a repressão policial e militar a que Euskal Herria é submetida. Este ano, os altsasuarras vão pedir aos violentos que bazem do País Basco «por terra, mar e ar». É a 27 de Agosto, e há festa. A imprensa já faz eco da iniciativa dos «radicales».
Os organizadores do Ospa Eguna afirmam que «é do conhecimento público que a Polícia Foral e a Guarda Civil defendem os interesses dos poderosos, contra aqueles que lutam por um país livre e justo e que querem mudar o sistema».
No que se refere a Altsasu, dizem que, no último trimestre, houve 128 controlos policiais (99 da Guarda Civil e 29 da Polícia Foral), e que também houve operações nas tabernas Lezea e Lurrazpi, para identificar e revistar quem lá se encontrava.
Os responsáveis do Ospa denunciam ainda que este ano, a 15 de Junho, os txakurras organizaram uma jornada de «portas abertas» dirigida às crianças das escolas, para lhes mostrarem as armas e afins, «pondo nas mãos das crianças as armas que usam contra o nosso povo».Em todas as edições se «procura o fracasso do Ospa Eguna», afirmaram os membros movimento Ospa, tendo recordado que em 2011 duas pessoas tiveram de depor na AN espanhola, em 2013 a localidade foi alvo de uma verdadeira ocupação militar e o ano passado houve cargas e detenções [vídeo acima].
E agora a Lei da Mordaça
A juntar à opressão e violência a que o povo de Altsasu e de Sakana é sujeito, recentemente «apareceu» a Lei da Mordaça, através da qual a comarca já foi punida com 6010 euros em multas. Mas não se pode esquecer que, nos últimos cinco anos, em Altsasu o valor das multas aplicadas por via da repressão ascendeu a 30 mil euros.
Para acabar com esta situação «asfixiante», os promotores do Ospa defendem a necessidade da organização e da luta: «Só com o trabalho de todos, como povo, conseguiremos acabar com a ocupação policial que sofremos.»
Ver: ahotsa.info