Esta família desapareceu quase toda a 30 de Agosto de 1936, em Gaztelu (Nafarroa): Juana Josefa Goñi, que estava grávida, e seis dos seus sete filhos foram atirados para o interior de uma gruta em Legarrea. O escritor e editor navarro José Mari Esparza, que esteve na homenagem de ontem, já publicou uma obra sobre o caso, sublinhando o seu significado num ano e numa guerra repletos de horrores.
O ano passado, foi erigido um monumento junto à fenda por onde a família foi atirada; este ano, via-se uma ikurriña e vários ramos de flores. Na homenagem, que se realizou ontem, estiveram, entre outros, o escritor e editor José Mari Esparza, que tem dado grande destaque a este caso, por ser particularmente horrível entre os massacres cometidos em Nafarroa em 1936, e Isabel Elizalde, conselheira da Administração Local do Governo de Nafarroa.
Na homenagem do ano que vem, pretende-se que os corpos estejam sepultados de forma digna. A Sociedade de Ciências Aranzadi vai iniciar trabalhos de escavação na fenda. José Mari Esparza disse que esperam deparar com «descobertas tristes».
Juana Josefa Goñi, grávida, e seis dos seus sete filhos desapareceram a 30 de Agosto de 1936, em Gaztelu. Crê-se que foram atirados - alguns com vida - por uma fenda existente na terra na zona de Legarrea (Gaztelu).
Sobre este caso ergueu-se um muro de silêncio - com quase 80 anos. A fenda, cheia de lixo, troncos e outras coisas mais, era quase impossível de ver, e aquilo que se passou naquela noite de Agosto de 1936 tornou-se um tabu na localidade. Esparza fez um grande esforço no sentido de esclarecer os factos, nomeadamente com a publicação da obra La sima. ¿Qué fue de la familia Sagardia? (Txalaparta). / Ver: Berria / Ver tb: redroja.net
«Buñuel, verano de 1936»
La media noche del 26 de agosto de 1936, cuarenta vecinos, en cuarenta minutos, cargaron en una camioneta que recorrió el pueblo de punta a punto a veintiséis inocentes para matarlos.
En unas horas, a tres los fusilaron en la pared del cementerio, a cuatro los abatieron dejándolos huir campo a través. Eran los que no cupieron en la camioneta. A siete los asesinaron en las paredes del cementerio de Frescano y al resto los mataron por los campos secos de Magallon.
Ayer, 80 años después, medio centenar de personas recorrieron las casas de los asesinados de la mano de Pedro Frances. Aunque había permiso para recorrer la calzada, algún vecino del pueblo, descendiente de los asesinos, casi atropella a la gente congregada. El histórico anarquista Lucio Uturbia sufrió un corte en la mano. Uno de los asesinos, homenajeado en el pueblo con su nombre en una plaza, fue luego nombrado maestro de Buñuel y fue el responsable de la educación de gran parte de la gente que se crio allí. (ekinklik.org via ahotsa.info)