Na terça-feira, durante as festas de Bilbo, várias placas toponímicas da cidade foram cobertas com nomes de figuras bem conhecidas no âmbito da «luta internacionalista», incluindo o de Arriaran, militante da ETA e combatente em El Salvador. É um dos símbolos mais conhecidos e queridos da luta internacionalista basca em todo o mundo.
Arriaran, nascido em Arrasate em 1955, teve de fugir em 1978, primeiro para França e depois para a Venezuela – onde o grupo fascista BVE o tentou matar. Nos anos 80, integrou-se na guerrilha salvadorenha, fazendo jus ao ideário internacionalista. Num combate, foi atingido a tiro numa perna, sem gravidade; a ferida gangrenou e a perna teve de se ser amputada. Foi morto pelo Exército em Setembro de 1984.
As comparsas bilbaínas Mekauen e Askapeña todos os anos celebram o Dia Internacionalista com a colagem nas placas das ruas de vários nomes de pessoas que tomaram parte nas lutas internacionais. Na placa onde colaram o nome de Pakito Arriaran também afixaram o de Begoña Garcia, que, como ele, também foi morta em El Salvador. Outros nomes dados, na terça-feira, à toponímia foram Berta Cáceres, Angela Davis, Che Guevara, Doris Benegas, etc.
A organização da banda direita - que ficava bem enfiada numa moldura de quadro velho, juntamente com os delegados do Governo espanhol na CAB e em Nafarroa - anunciou que vai processar judicialmente a Mekauen, «para evitar a impunidade com que os terroristas são homenageados nas ruas», «sendo tratados como heróis». / Ver: argia