Uma mulher e dois filhos menores foram despejados de sua casa esta manhã, no bairro gasteiztarra de Zabalgana. Cerca de cem pessoas juntaram-se no local para apoiar a família e dificultar o despejo, mas a Ertzaintza e a Polícia Local recorreram à violência para garantir que a acção era executada, apesar de Gasteiz ter sido declarada cidade livre de despejos.
A família devia dinheiro à sociedade Alokabide, que depende do Governo de Lakua. Anastasia esteve 22 meses sem receber ajudas sociais, mas agora voltou a recebê-las e propôs à Alokabide renegociar a dívida. Em vez disso, a Alokabide executou o despejo.
A Hala Bedi informa que, apesar de haver uma moção na Câmara Municipal de Gasteiz contra os despejos, a Polícia Local também participou na acção de despejo e que a Ertzaintza recorreu à violência para entrar em casa da mulher. Anastasia, que tem dois filhos menores a seu encargo, acabou por ser levada de ambulância, com um ataque de ansiedade.
Arturo Val, porta-voz da Kaleratzeak Stop Araba, disse que, no primeiro trimestre deste ano, a Alokabide executou 57 despejos e denunciou ainda o facto de se despejar famílias com menores.
«É uma vergonha que a Alokabide mande gente para a rua. E um fracasso das instituições. A Alokabide é a que mais despejos executa, mais que os bancos», afirmou. / Ver: Hala Bedi e argia