Começa na segunda-feira, 10, o julgamento das pessoas que foram detidas e incriminadas por participarem, em Maio do ano passado, no muro popular de Gasteiz, para dificultar as detenções de Aiala Zaldibar, Igarki Robles e Ibon Esteban, acusados de pertencer à Segi.
Em Maio de 2015, centenas de pessoas formaram, durante três horas, o «muro popular» de Gasteiz, para apoiar Aiala Zaldibar, Igarki Robles e Ibon Esteban, e dificultar as suas detenções. Na altura, a Ertzaintza deteve várias pessoas e 15 foram incriminadas pelo Ministério Público. Os julgamentos estão marcados para Outubro e Dezembro.
Hoje, numa conferência de imprensa na capital alavesa, Aiala Zaldibar sublinhou que «se quer mandar para a prisão aqueles que os apoiaram e que defenderam os seus direitos». Por seu lado, Izaskun Goienetxea, uma das detidas e imputadas, sublinhou que, «se a situação se repetisse, voltaria a fazer o mesmo».
Em 2010, a Polícia espanhola prendeu 28 jovens, que foram acusados de pertencer à organização juvenil independentista Segi. Muitos denunciaram ter sido torturados. Sete viriam a ser condenados a seis anos de cadeia pela AN espanhola. Entre eles estavam Aiala Zaldibar, Igarki Robles e Ibon Esteban – a cujas detenções o muro popular formado a 17 de Maio de 2015, na Praça da Virgem Branca, em Gasteiz, fez frente.
Os três jovens acabariam por ser levados, mas depois de grande resistência e de a Ertzaintza se ter empenhado a fundo: um malha-malha tremendo, que até meteu arremedos de waterboarding nos repuxos da praça. / Ver: Hala Bedi e aseh