No passado dia 15, os presos políticos bascos no presídio de Huelva puseram fim a uma greve de fome rotativa que durou 59 dias e teve como objectivos «exigir a libertação dos presos bascos doentes e, sobretudo, chamar a atenção do povo para a necessidade da mobilização» em prol dessa reivindicação. Numa nota, o Movimento pró-Amnistia e contra a Repressão (MpA) informa que o testemunho passou para o preso santurtziarra Jon Kepa Preciado, na cadeia de Córdova.
A greve de fome em Huelva, iniciada a 18 de Agosto, foi uma de várias iniciativas que se seguiram à greve de fome que Aitzol Gogorza, um preso doente, iniciara a 6 de Agosto. Essa situação - um preso que está doente e que decide avançar para uma medida extrema como é a greve de fome, com todas as consequências daí decorrentes para a sua saúde debilitada - fez soar os alarmes.
Na cadeia de Huelva, os presos bascos mantiveram a luta durante 59 dias. Na mensagem que divulgaram em Agosto, sublinharam a exigência da libertação dos presos doentes, a importância de alertar o povo para a necessidade de se mobilizar e a importância que as ruas, a pressão e a força popular têm na concretização dos objectivos por que se batem.
Terminada a greve de fome rotativa em Huelva, o preso político Jon Kepa Preciado (Santurtzi, Bizkaia) decidiu pegar no testemunho, realizando um jejum de uma semana em solidariedade com os presos doentes.
No final da nota, o MpA critica de forma «severa» vários agentes e órgãos de comunicação - que alegadamente trabalham em prol dos presos - pela atitude que tiveram relativamente a esta luta, na medida em que apostaram no seu «silenciamento», em «fazê-la passar desapercebida». / Ver: amnistiAskatasuna 1 e 2