Estava marcado para esta segunda-feira o julgamento, em Marrocos, de 24 saarauís conhecidos como o Grupo de Gdeim Izik, que enfrenta pesadas penas de cadeia. Por isso, várias dezenas de pessoas participaram hoje numa acção de protesto frente ao Consulado de Marrocos em Bilbo.
A mobilização, na qual se denunciou a repressão contra o Saara Ocidental e se exigiu o fim dos julgamentos políticos, contou com a participação de sindicatos bascos, associações bascas de solidariedade com o povo saarauí e associações de imigrantes saarauís em Euskal Herria.
Os 24 civis agora julgados foram sequestrados, detidos e torturados pelo regime marroquino nos dias e semanas subsequentes ao brutal desmantelamento, em 2010, do acampamento de protesto de Gdeim Izik, que reuniu dezenas de milhares de saaruís em defesa dos seus direitos: sociais, económicos e políticos, nomeadamente o direito à auto-determinação.
Em 2013, num processo marcado por irregularidades e denunciado por várias instâncias, estes activistas foram julgados de forma ilegal por um tribunal marroquino e condenados a penas que oscilaram entre os 20 anos e a cadeia perpétua. / Ver: Ecuador Etxea
Ver tb.: «Solidariedade com os presos políticos saarauís» (CPPC)
o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) exige a libertação de todos os presos políticos saarauís das prisões marroquinas e apela às autoridades portuguesas que façam ouvir a sua voz, designadamente junto do governo de Marrocos, na defesa da libertação imediata destes saarauís presos há seis longos anos, na exigência do cumprimento da lei internacional e no reconhecimento efectivo do inalienável direito do povo saarauí a ter o seu próprio Estado, independente e soberano, sem ingerências externas.