A furgoneta da Mirentxin Gidariak que levou os familiares dos presos políticos bascos até à cadeia de Albolote, em Granada (Espanha), foi alvo de uma acção de sabotagem durante o período das visitas. A que viajou com destino ao cárcere de Huelva foi submetida a um duro controlo por parte da Guarda Civil, denuncia a Etxerat.
Todos os fins-de-semana, os familiares e amigos dos presos políticos bascos são obrigados a fazer milhares de quilómetros nas estradas dos estados espanhol e francês, para visitar os presos, em virtude da política de dispersão que lhes é aplicada. Este fim-de-semana, o cenário foi ainda mais duro para alguns deles, revela a Etxerat, tendo em conta que, em Granada, ao saírem das visitas, depararam com um pneu da furgoneta em que viajavam rasgado. Uma acção de sabotagem que, sublinha a associação de familiares e amigos dos presos bascos, ocorreu no parque de estacionamento do cárcere, «rigorosamente vigiado pela Guarda Civil».
Por outro lado, a furgoneta que levava os familiares dos presos até à cadeia de Huelva foi submetida «a um duro controlo por parte da Guarda Civil» na madrugada de sábado. A Etxerat refere que a viatura parou numa bomba de gasolina onde também estava uma patrulha de pikolos. Poucos minutos depois, novamente na estrada, os ditos atravessaram o jipe à frente da furgoneta, obrigando-a a parar.
«Durante vários minutos, cinco familiares e dois condutores ficaram dentro do veículo; depois, chegou outra patrulha e foram submetidos a uma dura revista, que durou uma hora e meia», lê-se na nota da Etxerat, na qual se sublinha que este tipo de episódios tem sido frequente nas últimas semanas – «aparentemente, sem outro objectivo que não seja o de gerar nervosismo e medo no seio dos familiares, tornando-lhes mais penosas as longas deslocações e aumentando os riscos» a elas associados. / Ver: etxerat.eus e Berria