[Entrevista a João Miranda, autor de um inquérito a 806 jornalistas portugueses] Em termos do contexto sociolaboral, o jornalismo apresenta-se como uma ocupação precária e mal remunerada. É preocupante observar que metade dos inquiridos admite desenvolver actividade inserida em lógicas de vínculo não permanente, e um quarto trabalha como prestador de serviços.
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Ao mesmo tempo, torna-se preocupante perceber que quase um quarto dos respondentes admite ser alvo de pressões por parte da administração empresarial, e que um número idêntico refere ser alvo de pressões por parte da direcção editorial. Esta percentagem cresce quando falamos de pressões externas.
Por último, destaca-se o facto de mais de um quarto dos inquiridos acreditar que a sua situação laboral possui implicações no cumprimento dos preceitos éticos e deontológicos inerentes ao exercício do jornalismo. (Abril)