Os debates, que terão lugar na Primavera, visam alcançar uma «convergência» que tem como meta a «libertação completa» de Euskal Herria. Isto se ficou a saber na conferência de imprensa hoje realizada frente ao Monumento aos Foros, em Iruñea, em que participaram representantes da assembleia Askatasunaren Bidean, do partido Eusko Ekintza e dos Euskal Herriko Komunistak, entre outras organizações que pretendem criar a Unidade Popular (Herritar Batasuna, em euskara).
Destacaram quatro eixos fundamentais, de acordo com o projecto aprovado, em Novembro último, numa assembleia que teve lugar em Barakaldo (Bizkaia): independência, socialismo, re-euskaldunização e reunificação. Também o feminismo e a ecologia são objectivos de primeiro plano, segundo revelaram.
Na luta pela libertação de Euskal Herria - afirmaram - será dada prioridade aos interesses dos trabalhadores. Para os membros da Unidade Popular, «tal como a independência é a libertação nacional, o socialismo é a libertação dos trabalhadores». Acrescentaram que pretendem levar a cabo a «desconquista» de «toda Nafarroa», e foi nesse contexto que situaram a amnistia total e incondicional para «todos os lutadores bascos».
Estando envolvidos no processo de criação de uma «convergência» ou «ponto de encontro» [elkargune], sublinharam que a concretização dos seus objectivos passa pelo recurso a instrumentos como a mobilização, a desobediência, a insubmissão e a resistência activa, e acrescentaram: «O confronto com França e Espanha, estados conquistadores e invasores, será constante».
Outro aspecto que destacaram foi a necessidade de romper com o funcionamento dos partidos dominantes no actual sistema político [egungo sistema politikoan nagusi diren alderdien funtzionamenduarekin apurtu nahi dute]. Neste sentido, garantiram que na Unidade Popular irão prevalecer as assembleias, o funcionamento democrático, participativo e de baixo para cima. / Ver: Berria