[De Jorge Seabra] Não sei se, como afirmou o ministro da Saúde na véspera deste Natal, o SNS ainda «é um dos melhores serviços públicos de Saúde». Mas, se não é, já foi. Antes de os governos do PS, PSD e CDS das últimas décadas, que tanto o elogiavam, o terem atacado.
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logo que os partidos do «arco do poder» (PS, PSD e CDS) conseguiram travar o impulso revolucionário e participativo da «populaça» e se sentiram mais fortes reduzindo a democracia à mera captação do voto, os problemas inerentes ao próprio crescimento do SNS que necessitavam de solução (facilidade de acesso, listas de espera cirúrgicas, ligação dos cuidados primários com os diferenciados) deixaram de ter a necessária resposta por parte dos responsáveis governamentais.
Foram esses partidos que concertaram um acordo estratégico de (neo)liberalização da economia onde a privatização da Saúde, à «americana», e a sua entrega a grandes grupos financeiros, constituía uma parte do bolo que iria encher os bolsos dos regressados «velhos» senhores da indústria (Mellos, Espírito Santo e companhia), apostados neste novo negócio feito à sombra do Orçamento. (Abril)