Centenas de pessoas [ninguém precisou um número concreto] reponderam à convocatória do Movimento pró-Amnistia e contra a Repressão (MpA), manifestando-se, ontem, ao final da tarde, em defesa da «amnistia total» pelas ruas da Zona Antiga da capital biscainha.
Depois da manifestação que a organização Sare promoveu, também ontem, em Bilbo, em defesa dos «direitos humanos» e do repatriamento dos presos políticos bascos, centenas de pessoas começaram a juntar-se, pouco depois das 20h00, na Etxebarrieta Anaien Plaza, na Alde Zaharra bilbaína, para vincarem a sua defesa da amnistia.
Enfrentando o frio intenso e a chuva forte, os manifestantes atravessaram a Alde Zaharra fazendo ouvir várias palavras de ordem [vídeo de La Haine] e, passados 40 minutos, estavam de regresso à Praça dos Irmãos Etxebarrieta, onde o MpA agradeceu a participação de todos, «apesar da chuva, do frio e dos entraves».
Antes da leitura política propriamente dita, o representante do MpA fez questão de enviar uma saudação calorosa «a todos os presos, refugiados e deportados bascos que se mantêm firmes, pela dignidade e a luta, face ao inimigo», deixando-lhes uma mensagem clara: «a luta não acabará até que todos eles e o nosso povo alcancem a liberdade».
Fez também uma menção especial aos presos políticos bascos que têm «doenças graves e que os estados não só querem pôr de joelhos e humilhar, mas também matar», sublinhando que «só o povo trabalhador basco tem capacidade para evitar tal extermínio». A única forma de o conseguir é através «da luta e da unidade popular face ao inimigo», disse.
A luta pela amnistia
Em seguida, procedeu à leitura de um comunicado, no qual se faz uma abordagem histórica à luta do povo basco pela amnistia, desde 1976 até à actualidade, bem como uma crítica à perda de conteúdo político de algumas mobilizações recentes, que se ficam pela «defesa dos direitos dos presos políticos de um ponto de vista humanitário».
A mobilização terminou com os presentes a cantarem o «Eusko Gudariak». Antes, ainda se recordou umas palavras de Argala: «Só um povo bem organizado e que luta poderá alcançar os grandes objectivos a que aspira.» / Ver: amnistiAskatasuna