O bairro bilbaíno de Deustuibarra voltou a homenagear Yolanda González Martín, jovem de 19 anos que, por ser basca e de esquerda, foi sequestrada, torturada e morta a tiro no dia 1 de Fevereiro de 1980, em Madrid, por elementos da extrema-direita espanhola liderados por Emilio Hellín Moro.
Por iniciativa da associação de moradores Euskaldunako Zubia e da Bekoerri Kultur Elkartea, prestou-se, hoje, uma homenagem a Yolanda González, na praceta que há menos de um ano tem o seu nome, no bairro bilbaíno de Deustuibarra.
Apesar do vento e da chuva, dezenas de pessoas assistiram a um «agurra», depositaram cravos vermelhos junto a um mural evocativo e ouviram os promotores da iniciativa lembrar que passam 37 anos desde que, em plena «transição modelo», elementos da extrema-direita, do «esgoto do Estado», tiraram a vida à jovem militante do Partido Socialista dos Trabalhadores (PST).
Os que conheceram Yolanda lembraram a sua luta contra a «exploração e a injustiça», recordaram a miséria a que era condenada a classe trabalhadora no bairro operário de Deustuibarra e de como Yolanda decidiu lutar pela melhoria das condições de vida das camadas mais desfavorecidas.
Apesar de todas as tentativas ao longo destes 37 anos, «não conseguiram apagar a sua memória», sublinharam, recordando ainda a longa luta travada para que o Município de Bilbo atribuísse o nome da jovem bilbaína à praceta onde Yolanda conversava e onde hoje decorreu a homenagem. «Um gesto tardio», mas que «faz justiça» e «ajudará a preservar a sua memória», disseram. / Ver: Ecuador Etxea