No sábado, 15, a companheira do preso político de Gasteiz Juan Carlos Subijana, Txanpi, foi ameaçada através de uma nota metida no pára-brisas do seu carro, enquanto esperava pela hora da visita na cadeia de La Mansilla (León, Espanha).
De acordo com a informação que a própria fez chegar ao Movimento pró-Amnistia e contra a Repressão (MpA), ao longo do dia, apercebeu-se de movimentos estranhos, e depois de comer, no intervalo entre a visita da manhã e a da tarde, deparou com a nota no pára-brisas do seu carro, na qual aparecia o desenho de uma caveira e de uma bala em direcção a ela.
O MpA, que expressa todo o seu apoio a Txanpi e à sua companheira, sublinha que, como se não bastasse os familiares dos presos políticos terem de fazer centenas de quilómetros para os visitar, ainda se sujeitam a todo o tipo de ataques.
«Os ataques aos familiares não são mais que uma outra forma de pressionar os presos políticos», afirma o MpA, acrescentando que os estados, «sabendo das dificuldades para derrotar a firmeza dos militantes políticos, impuseram inúmeras medidas mesquinhas nas últimas décadas», como a dispersão, as atitudes agressivas e humilhantes dos funcionários nas cadeias, as ordens de revistar os familiares com apalpamento, os ataques da extrema-direita contra viaturas dos familiares, entre tantas coisas mais.
O MpA salienta a necessidade de continuar a defender o carácter político destes presos como forma «de construir um muro de defesa contra ataques deste tipo». A capacidade de criar enormes redes sociais, ao longo de tantos anos, em torno dos presos, refugiados e deportados políticos e dos seus familiares «deve-se precisamente à defesa do carácter político destes militantes», afirma. / Ver: amnistiAskatasuna 1 e 2