O tribunal de excepção espanhol condenou os biscainhos Liher Aretxabaleta e Alaitz Aramendi a 535 anos de cadeia. O Movimento pró-Amnistia e contra a Repressão (MpA) denuncia de forma veemente a política repressiva levada a cabo pelos estados espanhol e francês contra Euskal Herria.
Alaitz Aramendi, de Orozko (Bizkaia), encontra-se na cadeia há dez anos e, pelo menos até há pouco, era normal ver-se pintadas na localidade a exigir a sua liberdade. O bilbaíno Liher encontrava-se em liberdade, mas, assim que foi divulgada a sentença, a Guarda Civil prendeu-o.
Nos últimos meses têm vindo a público notícias de pesadas penas e pedidos de prisão elevados, sendo os processos contra os jovens de Altsasu (Nafarroa) e Orereta (Gipuzkoa) os que tiveram maior repercussão - os estados mostram que a repressão é a única resposta que sabem dar a quem não se dobra frente à opressão, destaca o MpA, que lembra que estes estão longe de ser casos únicos e dá exemplos do «alastramento» da repressão.
«Por outro lado, vimos que rebaixar o discurso político não serve para suavizar a repressão», afirma o MpA. Mostra disso é que «a despolitização do caso de Altsasu ou a atitude mostrada pelos familiares dos de Orereta contra a violência popular» não salvaram os jovens. E o mesmo se pode dizer de Sara Majarenas e Antton Troitiño, que, embora tenham rejeitado o recurso à violência, cada qual numa carta enviada aos juízes, continuam presos.
Para o MpA, a concretização da amnistia «é a única medida que pode garantir que nunca mais haja presos e presas políticos, sendo a amnistia entendida como a libertação dos presos e como a superação da opressão nacional e social que é a base da sua existência». / Ver: amnistiAskatasuna 1 e 2