[De António Santos] Mas dentro da mochila de Brian Easley não há bombas, nem explosivos, nem pistolas, nem armas químicas, nem ditaduras. Há uma pedra. Não uma pedra certeira, como a que judiciosamente abateu Golias; não uma pedra mágica, como as filosofais que conferem imortalidade aos alquimistas que as levam na mochila; não uma pedra que mudasse o mundo, como o Onfalo embrulhado em roupas que tragou Cronos julgando devorar um filho; não uma pedra que gritasse por justiça e rugisse à polícia como a Lia Fáil dos reis irlandeses; nem sequer uma pedra grande, como o Uluru esculpido por milenárias serpentes aborígenes. Só uma pedra. Normal, igual a todas. (
manifesto74)