No dia 5, a Polícia colombiana matou pelo menos nove camponeses em Tumaco, no departamento de Nariño. O massacre voltou a deixar a nu a pobreza do campesinato colombiano, as agressões a que é submetido, bem como a falta de implementação dos acordos de paz firmados em Havana.
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Jesús Santrich, ex-guerrilheiro das FARC-EP e actual membro do partido Força Alternativa Revolucionária do Comum (FARC), explica que a questão dos cultivos ilícitos vem de longe, de quando «a oligarquia colombiana se apoderou dos vales» e obrigou os camponeses a irem para regiões remotas.
A persistência do cultivos de ilícitos no seio da agricultura colombiana está ligada a um contexto de marginalização, pobreza, falta de ajudas do Estado, bem como ao acosso das forças policiais e organizações paramilitares e ligadas ao narcotráfico.
Foi neste contexto que a ex-senadora Piedad Córdoba, membro da Marcha Patriótica, chamou aos camponeses assassinados em Tumaco «condenados da terra». (Abril)