A aliança militar liderada pelos Estados Unidos procurou impedir que os aviões russos bombardeassem «as posições dos terroristas do Daesh nas imediações da cidade de al-Bukamal», na província de Deir ez-Zor, perto da fronteira com o Iraque, revelou esta terça-feira, em comunicado, o Ministério russo da Defesa.
A aviação da coligação internacional tentou prevenir os ataques de Moscovo contra os terroristas «para garantir a sua saída segura» da zona, precisa o texto, acrescentando que os representantes norte-americanos também «se recusaram de forma categórica» a bombardear os terroristas, alegando que estes «se entregam voluntariamente como prisioneiros», pelo que devem ser tratados de acordo com as normas da Convenção de Genebra, informa a RT.
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Numa reportagem ontem publicada, a BBC revelou vários detalhes de um acordo secreto que permitiu que centenas de combatentes do Daesh e as suas famílias saíssem da cidade Raqqa, em meados de Outubro, acompanhados e protegidos pela coligação liderada pelos EUA, pouco antes de as FDS decretarem a libertação da cidade.
O acordo em si mesmo não é novidade. Por um lado, a sua existência já tinha sido admitida pelas FDS e pelo Pentágono – embora os norte-americanos negassem qualquer envolvimento na sua celebração. Por outro, já havia sido denunciado pelo governo de Damasco e pelos russos. (Abril)