Há dois anos, o dia 5 de novembro marcaria a vida de milhares de pessoas que vivem ao longo da Bacia do Rio Doce. No primeiro momento, a avalanche de lama destruiu as comunidades de Mariana e Barra Longa – em Minas Gerais –, tirou a vida de 19 pessoas e seguiu um curso de contaminação de mais de 650 quilômetros até o Espírito Santo.
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Hoje, os atingidos de Mariana seguem sem indenização definitiva, lutando pelo reconhecimento de direitos emergenciais. Vivem, continuamente, o rompimento da barragem. Na prática, estão aprendendo a
ser atingidos – um saber indesejado e necessário. Brigam na Justiça para
que sejam indenizados dentro de diretrizes determinadas por seus modos
de vida, compatível ao sofrimento e às perdas que somente eles sabem
medir. Em meio à dor, lutam para que a lama da rompida barragem de
Fundão não arraste no tempo a vida secular de suas comunidade. (brasildefato.com.br)
Ver tb: «Dossiê Mariana: a infâmia global das corporações» (PCB)