A jornada nacional de luta contra a reforma da previdência mobilizou, esta segunda-feira, milhares de pessoas de norte a sul do Brasil. O dia ficou também marcado por críticas à intervenção militar no Rio de Janeiro, decretada pelo governo golpista.
De acordo com o Brasil de Fato, ontem registaram-se cortes de estradas e encerramentos de agências bancárias, e houve paralisações em diversos sectores de actividade, como transportes, indústria metalúrgica, educação, banca, entre outros. Além disso, em vários estados realizaram-se actos em frente a agências do Instituto Nacional de Segurança Social, que, nalguns casos, foram ocupadas.
A maior manifestação do dia teve lugar na Avenida Paulista, junto ao Museu de Arte de São Paulo, onde se juntaram mais de 20 mil pessoas em protesto contra a reforma da Previdência e denunciando os planos de entrega da Segurança Social e das pensões ao capital privado.
De acordo com os organizadores, em Fortaleza (Ceará) a manifestação contra a retirada de direitos reuniu 15 mil pessoas. No Recife (Pernambuco), 5000 pessoas participaram na mobilização.
Nos protestos de Brasília e Belo Horizonte (Minas Gerais) juntaram-se cerca de 3000 manifestantes. Houve ainda manifestações nos estados do Rio Grande do Sul, Alagoas, Piauí, Paraná, Sergipe, Bahia, Rondónia, Rio Grande do Norte, Pará, Rio de Janeiro e Santa Catarina. (Abril)