Os delegados sindicais do ELA na Siemens Gamesa recusaram-se a assinar o plano de saídas voluntárias e pré-reformas posto em marcha pela empresa, afirmando que esta se recusou a garantir o emprego.
Numa nota, o sindicato basco afirma que enfrentou este processo de modo que as saídas ocorressem nas melhores condições e sempre de forma voluntária, mas, sobretudo, procurando garantir um futuro para os trabalhadores que continua na multinacional alemã.
O ELA afirma que, pese embora 222 trabalhadores terem aderido ao plano de saídas voluntárias, a administração da Siemens Gamesa «não cumpriu a sua palavra e foi incapaz de oferecer as garantias de emprego prometidas».
O sindicato, que sempre questionou a necessidade de efectuar ajustes e procurou que todos os trabalhadores de Nafarroa e da CAB tivessem condições semelhantes às dos seus colegas alemães e franceses, afirma ter pretendido obter, da parte da empresa, um acordo para os próximos três anos em que ficasse garantido o emprego, sem mais despedimentos.
O acordo não aconteceu, mas o ELA valoriza a luta dos trabalhadores da Siemens Gamesa, a sua «resposta veemente e massiva», que levou a empresa a retirar, em Novembro último, o plano de ajuste que contemplava o despedimento de 150 funcionários em Nafarroa e na CAB.
Foi «a organização e determinação dos trabalhadores da Gamesa que forçou a empresa a negociar um plano de saídas voluntárias e de pré-reformas», sublinha o sindicato.
Em sentido oposto, os delegados do ELA criticam a empresa pela sua «deslealdade», por «não ter cumprido a sua palavra». / Ver: ela.eus